As investigações tiveram início há 6 meses após duas pessoas serem
presas matando cavalos em um abatedouro clandestino, os homens
confessaram que encaminhavam as carnes para o estabelecimento
do empresário. As carnes eram usadas para abastecer o açougue do
suspeito. O estabelecimento foi interditado.
De acordo com a Delegacia de Delitos de Trânsito e Divisão de Crimes Ambientais (DTCA), amostras dos produtos vendidos no estabelecimento foram encaminhadas ao Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. As análises constataram a existência de carnes de cavalo e de javali. O exame pericial apontou carne de cavalo era comercializada como bovina moída e a de javali nas linguiças vendidas como suínas.
O delegado responsável pelo caso
determinou a prisão preventiva do proprietário da casa de carnes, a
interdição do estabelecimento comercial e a busca e apreensão
domiciliar. O empresário e um sócio responderão por receptação
qualificada e crimes contra as relações de consumo, podendo ser
condenados a uma pena de 7 a 18 anos de prisão.
A Polícia Civil já havia constatado uma série de irregularidades no estabelecimento, como armazenamento de carnes estragadas com outras que seriam comercializadas, peças inteiras e moídas sem identificação de procedência, além de higiene precária no local.