A pesquisa do Ipec, ex-Ibope, trazendo a avaliação dos cinco meses do Governo Lula, na qual a aprovação é de apenas 37%, enquanto a desaprovação chega a 28%, acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto, tudo porque a maior queda se deu no Nordeste, região que o petista era até então endeusado, quase unanimidade nos governos anteriores.
Dados da pesquisa Ipec, divulgada ontem pelo jornal O Globo, apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou 10 pontos percentuais em aprovação no Nordeste, saindo de 55% para 45% desde abril. O Nordeste foi a única região onde Lula teve mais votos que Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.
No entanto, os nordestinos permanecem como o segmento que mais avalia a gestão Lula como “boa” ou “ótima”. O maior percentual de avaliações “ruim” ou “péssima” foi registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste: 33% — eram 21% há dois meses. Segundo o Ipec, 37% dos brasileiros classificam a gestão do petista como “boa” ou “ótima”; já as avaliações de “ruim” ou “péssima” somam 28%. Os que consideram o governo regular são 32%.
Conforme aponta a pesquisa, em relação a abril, a aprovação e a reprovação oscilaram 2%. A avaliação positiva passou de 39% para 37%, enquanto a negativa passou de 26% para 28%. De acordo com o Ipec, apesar de as variações estarem dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo, a tendência mostra uma piora da percepção da população sobre o governo.
Em março, quando o instituto fez a primeira pesquisa de opinião sobre o terceiro mandato de Lula, a diferença entre satisfeitos e insatisfeitos era de 17 pontos. Hoje, essa distância é de nove pontos. O levantamento também mostrou que 53% dos brasileiros aprovam a maneira de Lula governar, enquanto 40% desaprovam. Em abril, esses percentuais estavam em 54% e 37%, respectivamente
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco