A governadora Raquel Lyra, agora no PSD, está jogando estrategicamente para fortalecer sua base política e garantir apoio para as eleições de 2026. Ao apoiar movimentações como a entrada de Kelly Tavares na Câmara de Paulista, ela reforça uma possível aliança com o MDB, na tentativa de neutralizar o adversário prefeito do Recife, João Campos, que está em uma disputa acirrada por apoio partidário no estado.
João Campos mantém uma aliança política com o MDB consolidada há anos, firmada durante as eleições municipais de 2012, quando o PSB e o MDB se uniram para formar a Frente Popular do Recife.
Apesar das tensões internas no MDB, Campos expressou confiança de que essa aliança continuará firme, especialmente em futuras disputas eleitorais.
“O MDB é um grande partido brasileiro, no qual eu tenho enorme respeito. Acredito que todo partido tem uma dinâmica interna particular, mas confio que essa aliança entre PSB e MDB seguirá. Vi essa aliança ser firmada por Jarbas (Vasconcelos) e por Eduardo (Campos) e consolidada nas eleições de 2012, 2014 e têm sido assim até hoje”, falou o prefeito João Campos, no dia 5 deste mês.
A eleição para o diretório estadual está próxima, marcada para 24 de maio. Caso Jarbas Vasconcelos Filho vença Raul Henry, existe a possibilidade de Lyra conquistar o apoio do partido.
O PSDB, antiga sigla de Lyra, tem se aproximado de Campos desde que a governadora migrou para o PSD, o que provocou uma debandada de antigos aliados.
O prefeito tem explorado sua relação próxima com o presidente da Assembleia Legislativa, o tucano Álvaro Porto, que não é mais aliado de Lyra e atualmente comanda o PSDB no estado.
A maior disputa, no entanto, ocorre na Alepe, em torno do Partido dos Trabalhadores (PT). A sigla está dividida: a ala municipal apoia João Campos e ocupa duas secretarias na prefeitura, enquanto os deputados estaduais petistas se alinham ao governo de Raquel Lyra e, recentemente, migraram para o bloco governista na Assembleia Legislativa
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