O Sertão do São Francisco era a única parada da prefeita de Caruaru e pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSB), que faltava à sua agenda. Agora não falta. Ela chegou a Petrolina no dia de ontem (3), onde participou de compromissos com correligionários, incluindo um jantar com o presidente da Abrafrutas Guilherme Coelho, que é pré-candidato a deputado federal pela legenda tucana.

Antes disso, Raquel concedeu uma entrevista ao Blog e voltou a defender um amplo debate entre o bloco de oposição em busca de uma alternativa para, segundo ela, “tirar o pior governo da história de Pernambuco”.

A prefeita assumiu o PSDB estadual em maio do ano passado com a missão de fortalecer o partido e de construir uma chapa proporcional competitiva para as eleições 2022. Pouco depois, ela seguiu numa maratona pelos quatro cantos do Estado com o Movimento ‘Levanta Pernambuco’.

“Infelizmente temos figurado, nos últimos tempos, com números muito constrangedores. Somos campeões do desemprego, um dos Estados com a maior população em alta vulnerabilidade, ou seja, abaixo da linha da pobreza; somos um Estado que tem estradas ruins, a saúde não está funcionando bem, e que já começa de volta a se preocupar com a segurança pública. A gente precisa colocar foco e luz nesses problemas e buscar, no debate em diversas regiões do nosso Estado, a solução para essas questões”, refletiu.

A pré-candidata frisou que a pandemia de Covid-19 provavelmente tenha provocado a maior crise na história contemporânea do país. No entanto, argumentou que problemas na economia já existiam e acabaram gerando uma convulsão social.

Suspense

Em ritmo de buscar novos filiados na cidade, a exemplo do auditor fiscal e professor Allan Maux, que concorrerá a uma vaga na Assembleia Legislativa (Alepe), Raquel novamente reforçou que o momento ainda não é de discutir nomes, mas um projeto para Pernambuco. Ela admitiu que o período da janela partidária, que começou ontem e permanecerá por apenas 30 dias, é curto. Mesmo assim, ela faz suspense sobre sua desincompatibilização do cargo de prefeita para disputar o governo estadual.

“Continuamos num diálogo muito forte, buscando a construção do fortalecimento do nosso partido. Um debate com que faz oposição no nosso Estado, não a oposição pela oposição, mas na busca de uma alternativa a esse governo do PSB. Então temos 30 dias, que na política são 30 longos dias, para que a gente possa continuar fortalecendo nosso debate e, ao final desse processo, a gente possa ter um nome que possa representar um projeto no nosso Estado, um nome que dialogue com as diversas microrregiões de desenvolvimento”, ponderou a pré-candidata. Raquel encerrou a agenda no Sertão reunindo-se com o prefeito Miguel Coelho (União Brasil) – o qual, ao contrário dela, já confirmou que passará a administração para o seu vice, Simão Durando Filho, no próximo dia 30 de março