Na primeira vez no Brasil em que duas mulheres disputaram o segundo turno em uma eleição para o governo, Raquel foi eleita com 3.113.415 votos, o correspondente a 58,70% dos votos válidos. A adversária dela, Marília Arraes, do Solidariedade, obteve 2.190.264 votos - 41,30% dos válidos.

Por meio de nota, o governo Paulo Câmara informou que a comissão de transição será coordenada pelo secretário da Casa Civil, José Neto.

O colegiado contará, ainda, com os secretários Alexandre Rebelo (Planejamento), Décio Padilha (Fazenda), Marília Lins (Administração) e Ernani Médicis (Procuradoria Geral do Estado).

No comunicado, Câmara afirmou que o governo “está à disposição para assegurar uma transição transparente e profissional à equipe de Raquel Lyra”.

Na noite de domingo, Paulo Câmara falou por telefone com a governadora eleita. Ele parabenizou Raquel e desejou sucesso na nova missão.

A transição é um momento importante para a equipe da futura gestora conhecer os detalhes dos projetos e o montante de dinheiro que terá para executar obras.

No primeiro turno das eleições, Paulo Câmara apoiou Danilo Cabral (PSB) , que ficou em quarto lugar, com 18,06%dos votos.

No segundo turno, o partido ficou com Marília Arraes, mas o governador não teve participação ativa na campanha.

Desde o período entre 2006 e 2007, Pernambuco não tem uma transição de governos envolvendo partidos diferentes.

A última aconteceu quando Mendonça Filho (União Brasil) era o governador e fez a transição para Eduardo Campos (PSB).

Desde 2007, o PSB comanda Pernambuco. Foram quase duas gestões de Eduardo, que saiu para se candidatar à presidência da República e morreu em 2014, e duas de Paulo Câmara.

No fim da primeira gestão de Eduardo, quem ocupou o cargo de governador foi o pai de Raquel Lyra, João Lyra Neto.

Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda, a governadora eleita disse que a meta é construir um secretariado, a partir de agora. Segundo Raquel Lyra, “ninguém monta time antes de ganhar um governo”.